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18 de Abril de 2024

O Caso Isabella Nardoni - Análise.

Publicado por Calton Carcovichi
há 2 anos

Isabella Nardoni foi encontrada morta, no dia 29 de março de 2008, após ter sido jogada de uma altura de seis andares, no jardim do Edifício London, prédio residencial na rua Santa Leocádia, 138, Zona Norte de São Paulo. No apartamento, que pertencia a seu pai, moravam, além dele, a madrasta da menina e dois filhos do casal, um de onze meses e outro de três anos.[8] A menina já estava morta com a chegada da ambulância.[9] O pai de Isabella teria afirmado em depoimento que o prédio onde mora fora assaltado e a menina jogada por um dos bandidos. De acordo com a imprensa, ele teria dito que deixou sua mulher e os dois filhos do casal no carro e subiu para colocar Isabella, que já dormia, na cama. O pai da vítima teria descido para ajudar a carregar as outras duas crianças, respectivamente de 3 anos e 11 meses, e, ao voltar ao apartamento, viu a tela cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio. Entre o momento de colocar a filha na cama e a volta ao quarto teriam passado de 5 a 10 minutos, de acordo com o depoimento do pai.[10] Dias depois, a investigação constatou que a tela de proteção da janela do apartamento fora cortada para que a menina fosse jogada e que havia marcas de sangue no quarto da criança. Investigação do Caso Isabelle Nardoni: O caso teve forte repercussão no Brasil nos dias 30 e 31 de março. Em meio à repercussão, o pai da criança afirmou à polícia no dia 30 que ela havia ficado sozinha no quarto enquanto ele foi buscar os outros filhos. No mesmo dia, a emissora de TV de notícias GloboNews revelou que a polícia descartou a possibilidade de acidente na morte de Isabella.[13] Segundo um delegado titular da polícia, sangue foi encontrado no quarto e um buraco na tela de proteção de uma janela reforçam as suspeitas da polícia de homicídio.[14] A perícia feita pela Polícia Técnico-Científica no domingo diz que a rede de proteção da sacada foi cortada propositalmente, então, no quarto dos irmãos da Isabella e não no quarto em que ela foi colocada para dormir.[15] No entanto, uma rádio afirmou que o pai disse à polícia que a menina foi jogada por um assaltante.[16] O tio de Isabella declarou à imprensa que os pais dela tinham uma "excelente relação".[17] No entanto, os vizinhos afirmam o contrário: que as brigas entre Alexandre e Anna, na presença de Isabella, eram constantes nos fins de semana.[18] • Observação: tendo por base dos fatos que fora apresentado nessa Investigação é evidentemente claro que os únicos que poderiam apontar como era o relacionamento da Família Nardoni diante da criança fosse os vizinhos que morassem nas proximidades. Por quê? Familiares na maioria das vezes, não estão presentes no cotidiano um dos outros e estão sempre ocupados com suas pendências e obrigações. Em muitos casos de abuso de Menores, muitos não conseguem identificar tais sinais que apontem que a criança esteja sendo agredida por um Familiar, não há conhecimento por trás da Linguagem Corporal e com que frequência era a conexão da criança com o agente e de repente, houve alternâncias em seu comportamento. No caso Nardoni, temos em mente que não havia de fato, um vinculo deles com os demais membros da família porque se houvesse, estariam cientes das agressões e discussões entre o casal na presença da criança.


No entanto, mesmo ambos sendo considerados indivíduos de alta periculosidade enquadrando-se com o Transtorno de Personalidade Antissocial, conhecido como; a psicopatia. Reforçamos que mesmo diante das câmeras e da morte da criança, demonstraram somente importância com seus bens materiais e sempre utilizavam o afastamento Verbal tendo como objetivo de colocarem-se como vítimas, diante do episódio. Na madrugada do dia 31 de março, Alexandre Nardoni e a madrasta da menina, Anna Jatobá, foram liberados da polícia civil após mais de 24 horas de depoimento. O pai teria descido para ajudar a carregar as outras duas crianças, respectivamente de três anos e onze meses, e ao voltar ao apartamento, viu a tela cortada e a filha caída no gramado em frente ao prédio. Entre o momento de colocar a filha na cama e a volta ao quarto, teriam passado de cinco a dez minutos, de acordo com o depoimento do pai.[19] No outro depoimento, uma vizinha do prédio afirma que ouviu gritos de uma menina pedindo socorro, mas não saiu do apartamento.[20] • Observação: achei interessante desse depoimento porque encontramos pontos incongruentes diante do depoimento dado pelo agente. 1. Ele afirma ter levado dez minutos, após sua descida para pegar as outras crianças. 2. Ele estava no local do crime que supostamente havia afirmado ter sido invadido por ladrões. 3. Gritos de socorro de uma criança que não saiu do apartamento. Percebe-se que trazendo para uma ordem Cronológica, o grito da criança poderia ter ocorrido minutos antes dele sair do apartamento, após matá-la, cortar as telas do apartamento e a jogar pela sacada, eventualmente esse indivíduo teria a agredido uma vez, o laudo apontado indícios que a garota havia sido espancada e uma tentativa de asfixia. Ela foi esganada e teve um osso da mão esquerda quebrado, provavelmente por meio de uma torção, e havia sinais de que essa fratura ocorreu quando a garota estava viva. Além disso, foi encontrada pequena hemorragia no cérebro. “Isso é comum nos casos do que chamamos de síndrome de criança espancada”, disse um legista. No corpo, havia um machucado no antebraço direito, como se ele tivesse enganchado na tela de proteção da janela ou como se ela tivesse tentado se agarrar. Por fim, havia um corte na cabeça, provavelmente também anterior à queda. No dia 1º de abril, o jornal Folha de S.Paulo publicou que os primeiros laudos do Instituto Médico Legal apontavam indícios de asfixia anteriores à queda da menina. Os legistas teriam duvidado até mesmo de que a menina tivesse caído, por conta do baixo número de fraturas em seu corpo.


Edifício London, zona norte de São Paulo Nesse dia, os dois advogados do pai e da madrasta ficaram por cerca de três horas no distrito policial para acompanhar o caso. Após isso, um dos advogados revelou para a imprensa que a madrasta teria perdido as chaves poucos dias antes do crime.[22] Os advogados disseram que cabe à polícia apontar provas que incriminem seus clientes e não a eles. Eles pediram à imprensa que poupassem o pai e a madrasta, pois eles estariam "sofrendo muito e poderiam sofrer ainda mais" com o assédio.[23] No mesmo dia, os peritos disseram que Isabella caiu de lado e fraturou o pulso. Ela tinha marcas no pescoço e manchas no pulmão. O delegado responsável disse que a morte seria investigada como homicídio, pois a tela de proteção da janela foi cortada. Havia marcas de sangue no quarto da criança, o que, segundo o delegado, reforça a tese de que ela foi agredida antes de ser jogada.[24] No dia 2 de abril, Ana Carolina Oliveira saiu na companhia do namorado após prestar depoimento.[25] Após o depoimento dela, o delegado titular disse que solicitaria nova perícia no carro e no apartamento do pai da menina, afirmando: "No dia dos fatos, o perito com pressa, muita gente em cima, pode ter passado alguma coisa despercebida".[26] No entanto, o titular confirma que dois depoimentos relatam gritos de uma criança em desespero. Estes depoimentos foram depois descartados pela polícia, pois o momento da ocorrência dos mesmos não se encaixava na cronologia do crime. Uma das vizinhas que declarara ter ouvido esse grito, Geralda Afonso Fernandes, testemunhou pela defesa.[27] O delegado afirma que há três pontos que, em sua opinião, estão mais nebulosos: a ausência de arrombamento na casa, o fato de que não faltava nada entre os pertences do casal e, finalmente, nenhum indício de que alguém estranho tenha estado no prédio são intrigantes. Calil Filho admitiu também a possibilidade de a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, não ter ficado esperando no carro, como o relatado pelo pai em depoimento à polícia.[28] • Motivação do Crime: Perto de o caso completar 30 dias e da conclusão do Inquérito pela Polícia, importou saber quem havia adulterado o local do crime para tentar transformá-lo de cena de homicídio em cena de latrocínio. O promotor designado para o caso, que tem acompanhado as investigações desde o início, afirmou que as provas indicam "claramente" que a cena do crime foi adulterada. "Tentou-se maquiar a versão verdadeira. Tentaram remover as manchas de sangue e até conseguiram remover algumas, mas os equipamentos de perícia modernos captaram a alteração", explicou, afirmando que essa remoção quase prejudicou a perícia. Em depoimento, o pai de Alexandre, o advogado tributarista Antonio Nardoni e sua filha, Cristiane Nardoni, negaram ter limpado a cena do crime.[29][30] Passados seis anos da morte da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, uma funcionária do sistema prisional de São Paulo, que diz ter conversado com Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina, prestou depoimento ao Ministério Público (MP) na última terça-feira. Segundo reportagem neste domingo pelo “Fantástico”, a testemunha contou detalhes de conversas que teve com Anna Jatobá, em que ela teria afirmado que o sogro, Antônio Nardoni, também teve envolvimento no crime. E que não o denunciou porque ele sustenta a família e manda presentes para ela na cadeia. — Ela falou que o sogro mandou, orientou os dois a simular um acidente. Eu ouvi da boca dela, olho no olho — disse a funcionária, que teve sigilo garantido pelo MP.


Em 2010, o casal Alexandre Nardoni e Anna Jatobá foi condenado pela morte de Isabella. A menina morreu ao ser jogada pela janela do sexto andar de um apartamento na Zona Norte de São Paulo. Alexandre foi sentenciado a 31 anos de prisão em regime fechado. Por ser o pai, praticou crime contra descendente e teve pena maior do que a da mulher. Anna foi condenada a 26 anos. ‘Ela não parava de encher o saco’ Segundo a funcionária, a madrasta de Isabella assumiu ter batido na menina com violência dentro do carro que a família usou para ir ao supermercado, pouco antes do crime, e que, em seguida, o marido jogou a filha pela janela. Anna disse ter batido em Isabella porque “ela não parava de encher o saco”. — Eles foram no supermercado, fizeram uma compra com as crianças. O cartão não passou, deu algum problema. Aí, estavam nervosos — contou a funcionária, reproduzindo a fala de Anna: — Ela falou que bateu na menina porque ela não parava de encher o saco. Que não era para ser tão grave. Pensou que matou, pensou que a menina estivesse morta. Na época do crime, o Instituto de Criminalística fez um vídeo mostrando as conclusões da polícia e do MP. A acusação concluiu que Isabella realmente foi agredida dentro do carro por um anel ou chave, que feriram a menina na testa. Segundo as investigações, ao chegarem no apartamento do casal, Alexandre jogou a filha no chão, e Anna asfixiou a menina. Segundo a testemunha ouvida na semana passada, a madrasta de Isabella nega que tenha asfixiado a criança. Disse ainda que, ao pensar que a menina estava morta, ligou para o sogro, que teria encorajado o casal a “simular um acidente”: — Ela fala que não estrangulou a menina, que ele colocou a menina no chão, acreditando que estivesse morta, enquanto ela ligava para o sogro. Falou para o sogro que matou a menina e ele falou: ‘Simula um acidente, senão vocês vão ser presos’. Aí, tiveram a ideia de jogar a menina pela janela. Que o Alexandre só jogou a filha porque acreditava que ela estivesse morta e que entrou em choque depois que jogou. Desceu, e a menina estava viva. Em 2008, quando o crime aconteceu, o casal teve o sigilo telefônico quebrado. Na época, ficou comprovado que Anna e o sogro conversaram por 32 segundos na noite da morte de Isabella. Diante do novo depoimento, Francisco Cembranelli, promotor de Justiça do caso, afirmou ao “Fantástico” que, apesar de a investigação ter apontado que a ligação foi feita após a menina ter sido jogada pela janela, seria preciso investigar se o casal usou outro celular: — Temos que apurar se havia outro telefone. Teríamos que ver agora de que maneira isso foi feito. A funcionária afirmou que Anna não denunciou o envolvimento do sogro porque estaria “pagando por seu silêncio”:

— Ele a sustenta, a família toda, os filhos dela. Com certeza, é pelo silêncio dela. Ela recebe muita coisa de fora. Vários tipos de queijos, brincos. O colchão que ela dorme é especial. Foi presente do seu Nardoni para ela. Cuidados com nora a pedido do filho O depoimento da funcionária será analisado esta semana por uma promotora do Fórum de Santana, responsável pelo caso. Depois, a polícia deve ouvir Anna Jatobá, Antônio Nardoni e a nova testemunha. Procurado pelo “Fantástico”, o avô de Isabella disse que recebeu ligação de Anna dizendo que a menina tinha caído, mas, segundo ele, não entendeu que havia sido uma queda da janela: — As pessoas às vezes agem como se eu fosse o monstro da história. Eu tenho a minha consciência tranquila, nunca faria isso. Ela ligou dizendo que a Isabella tinha caído, mas eu achei que ela tinha caído no apartamento. A gente nunca imagina uma coisa dessa. Não teve nada além disso. Antônio Nardoni admitiu enviar mimos à nora na prisão, mas disse que cuida de Anna a pedido do filho. Ele afirmou que o casal é inocente: — O que eu faço por ela é uma coisa que, primeiro, é permitido. Segundo, é um pedido do Alexandre. Para não deixar faltar nada para ela nem para os filhos. E a gente realmente não deixa faltar. Ela tem um problema de coluna, e a diretoria, mediante relatório médico, autorizou a entrada do colchão. Vou defendê-los enquanto eu viver, tá certo? Porque tenho absoluta convicção de que eles não fizeram nada. E eu também não fiz nada.


*Conclusão:

Seguindo pelo que fora apresentado no início do Caso Isabella Nardoni e as investigações que foram realizadas pela polícia, ainda percebemos novamente ponto de incongruência, após um dos advogados apresentarem a imprensa que a madrasta havia perdido as chaves pouco dia antes do crime.

No entanto, desde a morte da criança e no depoimento dado pelo próprio agente esse afirmou que estava no local do crime, a impressão que dava era que Alexandre e Anna não estavam lá e haviam acabado de chegar. Entretanto, como acabaram de retornar para seu apartamento que segundo informações teria sido arrombado, sendo que o autor do crime afirmou que estava descendo para pegar às crianças e levou aproximadamente cerca de dez minutos para leva-las para cama e deparar-se com a tela do apartamento cortada e a garota caída no gramado em frente ao prédio? E o grito ouvido por testemunhas de uma criança que estava pedindo Socorro?

Tendo por base dos fatos, acredita-se que ambos nem saíram do apartamento, mas mataram a criança friamente e após seu último suspiro, jogaram ela daquele prédio do sexto andar e vieram com falsos argumentos que o apartamento havia sido arrombado e que suas coisas haviam sido levadas.

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